quinta-feira, 31 de julho de 2014

Suicídio



Uma grande reflexão que podemos fazer é: Porque tantas pessoas se suicidam nesse mundo? Não o suicídio brusco pondo fim imediato ao que chamamos de vida, mas um suicídio mais lento, mais sutil, como um veneno que vai aos poucos destruindo cada um dos sistemas até que no fim não reste mais nada.
          Muitos passam as horas, dias, meses e anos desejando ansiosamente que a próxima hora chegue, o próximo final de semana chegue, ou mesmo um novo ano chegue e que esse mero marco temporal se torne a revolução na vida, onde aquela fase ruim supostamente termina imediatamente para dar lugar a uma fase boa. Mas isso nada mais é que ansiar pela morte! Desejar que a próxima semana chegasse simplesmente por achar que ela pode mudar sua vida é simplesmente deixar de viver. As mudanças acontecerão por suas atitudes, por isso viva o hoje, não seja acomodado e lute para melhorar cada momento, pois o tempo é um simples relógio que escoa constantemente até que sua vida cesse.
          Outros ainda encontram o suicídio de outra forma: deixando de fazer aquilo que ama para obter poder, admiração, riqueza ou mesmo status. Tolo! Mata-se a cada dia por não permitir ser feliz naquilo que faz. Não há recompensa nesse mundo maior do que acordar e saber que você não irá apenas trabalhar, mas sim se divertir um pouco mais. Não há nada como tornar uma obrigação aprazível, transforma-la em um lazer. A sociedade pouco se importa pra você, ela quer somente o que você tem, então ao menos seja feliz, realizando seu sonho dia após dia.
          Suicida-se também aqueles que não suportam a própria vida, e cada momento de alegria só existem se forem regados a álcool, drogas, ou amizades fúteis. Nesse caso específico o dano é mais do que na mente e espírito, mas no corpo. Usa de tais artimanhas pra tentar se esconder da vida infeliz que tem, de todas as escolhas que foram feitas, e adiar os problemas. Acordam no próximo dia e são incapazes de recordar o que aconteceu na noite anterior, ou se arrependem do que fizeram quando se lembram, ou deixaram de se importar. Se mataram um pouquinho mais, tentando esquecer o que é passado ou buscando apenas uma alegria momentânea, que se torna cada vez mais vazia, e nada mais satisfaz
          O último tipo de suicida é o que tem uma vida medíocre. Não por ser medíocre, mas por não fazer nada pra mudar ela. O Universo num todo tende a menor energia, a vida não seria diferente: tudo tenderá a maior mediocridade possível. Cabe você se levantar e lutar por algo melhor, por algo maior, por seus próprios sonhos. Uma vida brilhante não cai do céu. E não é porque é rico que é brilhante, talvez só seja um medíocre com status. É passada a hora de acabar com esse comodismo, de esperar que o tempo traga tudo e que você alcance grandes coisas num mero momento de sorte. Podemos ser “civilizados”, mas pra alcançar o que desejamos ainda é preciso ir a caça, e quanto maior o sonho, maior o esforço. Um carro não sobe um morro sem que pisemos no acelerador, ele vai no máximo descer se não fizermos nada. Dê um pouco de propulsão a sua vida. Pare agora com esse suicídio!

(Autoria Própria)